Deixa cair os braços no
tempo parado. As mãos, de uma viuvez meiga, num sorriso alheio ao coração.
Dedos que crescem desordenados. Encaracolados pela dor.
A escrita indecifrável,
letras e números, que já foram sentido de vida. A memória mais esquecida que o
torpor dos passos.
O corpo aberto à poesia que se pronuncia. A alma sedenta de
amores proibidos, aclamados na emergência de um beijo roubado.
Em silêncio pronuncia:
Amanhã ...
[Como que a dar sentido às rosas do jardim].